terça-feira, 22 de maio de 2012

Já ouviu falar de jetlag social? Você pode sofrer desse mal sem saber



Por que a maioria das pessoas nas sociedades industrializadas anda tão cansada? Segundo pesquisas da Universidade Ludwigs-Maximilians, em Munique, na Alemanha, dois terços da população mundial acordam no meio da noite. Normal? Não.
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.2012 as 16:00
O motivo jaz na crescente discrepância entre o relógio biológico e o relógio social (aquele pendurado na sua parede ou do lado da sua cama).
“Nossas vidas são controladas diariamente por três relógios. Um reside em nosso organismo – o biológico, também conhecido como ciclo circadiano. Criado pela rotação da Terra, o segundo é o relógio do sol, que está sincronizado com o biológico. E, mais recentemente em nossa história, adicionamos outro relógio: o relógio social. E eles não batem”, explica o médico alemão responsável pelo estudo, Till Roenneberg.
Por essa razão, muitas pessoas dormem mais tarde, seguindo o relógio biológico, mas acordam cedo, com base no relógio social (o seu despertador). Essa diferença entre o que o relógio social quer que façamos e o que o biológico deseja chama-se jetlag social. Ou seja, um cansaço extra causado por pressões sociais.
O fenômeno atinge 70% da população global e é estimado como uma diferença de pelo menos uma hora. Daí vem o seu cansaço depois do que aparenta ser uma boa noite de sono, pois nossos ciclos internos são praticamente ignorados na sociedade contemporânea.
Nossos ciclos circadianos são comandados por uma área cerebral denominada núcleo supraquiasmático, altamente influenciada pelo sol e pela escuridão. E, como trabalhamos cada vez mais dentro de lugares fechados, nosso relógio biológico se desregula e dificilmente segue o relógio solar.
Mas viver contra o seu relógio biológico pode ter consequências caras a sua saúde. “As pessoas que fazem isso são mais suscetíveis a fumar, beber álcool, consumir café em excesso e até engordar”, alerta o médico alemão.
Uma solução plausível contra o jetlag social – além da mais utópica, que seria seguir seu relógio biológico – é descansar bastante nos finais de semana, repondo as horas de sono que você perdeu durante a semana. Mas, como outros estudos apontam, mesmo isso pode ser uma “desregulação” e ter suas consequências. [YouTube, CNN, Cell, Foto

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Palestra ajuda a população a sentir motivação no trabalho


      A motivação profissional é um dos pontos mais importantes para desempenhar uma atividade com primor em qualidade. Sem inspiração, o indivíduo corre o risco de viver dias infelizes no seu ponto de trabalho, fato com que não o permite cresçer profissionalmente. Para afastar as pessoas deste problema, a Secretarias de Saúde e Ação Social da cidade de São Bento do Una, localizado a 215 quilômetros de distância do Recife, promoveu uma palestra com o tema “Espaço de Desenvolvimento Pessoal e Profissional dos Trabalhadores da Saúde e Assistência Social”. A palestrante convidada para a abordagem foi a neuroeducadora Damaris Flor.

     A Câmara de Vereadores de São Bento do Una recebeu a capacidade máxima de pessoas. Todas elas buscavam nas palavras da palestrante a melhor forma de se sentirem contagiadas a cada dia, querendo se afastar cada vez mais dos perigos da mesmice do cotidiano. Durante quatro horas de encontro, em paralelo a palestra, oficinas aconteciam. Todas com o mesmo tema proposto.

     Ao final da palestra, todos os profissionais participantes ganharam um certificado de participação do encontro. No decorrer do ano, outros encontros, abordando diferentes temas, ainda podem ocorrer na cidade.



quinta-feira, 1 de março de 2012

DAMARIS FLOR - UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO

Submetida ao fogo intenso e solitário do sofrimento interior eu só aprendi, aprendi, e aprendi ...

Sou Damaris Flor, nasci em Recife na década de 50, filha de um dos casais fundadores da Igreja de Cristo Pentecostal no Brasil, o Pastor evangelista Mário Pedro e sua esposa Maria Flor, uma mulher guerreira, de muita fé e agregadora da nossa grande família. Meu ponto de apoio para enfrentar desafios da sobrevivência.
Minha história pessoal se confunde com a história da minha profissão...
Na década 1960 meus pais se separaram e a carência afetiva e financeira invadiu minha família, contudo não perdi a motivação pela escolaridade. E aos dez anos estava no quarto ano primário dominando a leitura, a escrita e as operações fundamentais.
Aqui minha história pessoal se confunde com a história da minha profissão.  Inspirada na minha inesquecível e amada professora Graubem Lucíola de Paula comecei a brincar de professora em casa, depois em escola comunitária e mais algumas décadas tornei-me profissional da educação até a presente data. Até parece letra de música porque no início era apenas uma brincadeira e foi crescendo, crescendo e me absolvendo e de repente me vejo assim completamente entregue a neuroeducação.
A relação foi desastrosa e tremendamente difícil...
Na década 1970, já possuía quase uma década de experiência em sala de aula com alfabetização.  Concluí o magistério no Colégio Evangélico Agnes Erskine com a ajuda emocional, financeira e orientação da minha inesquecível companheira de turma e amiga - A professora, escritora e pianista Dinilza Buarque de Gusmão juntamente com seu saudoso esposo Doutor Aristófanes Câmara Moreira pelos quais tenho imensa gratidão. Ainda nesta década casei-me e tive um filho e duas filhas.  A relação foi desastrosa e tremendamente difícil porque havia me casado com um jovem comprometido emocionalmente com diagnóstico de psicopatia, TOC e personalidade esquizoide. Durante uma década vivi mergulhada num cenário de violência psicológica e moral. Porém, o pior ainda viria. E em meio a esse pandemônio ainda ingressei no curso de pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco.
Aprendi a me “desprofessorar” e transformar minha sala de aula em laboratório de aprendizagem... 
No início da década 1980, após nossa separação, meu ex-marido sequestrou meus  3  filhos que tinham respectivamente, 9, 5 e 4 anos de idade. Durante 8 longos anos fiquei sem contato com meus filhos. Eu não os vi crescer! E experimentei a perda da maternidade. A pior experiência que vivi. Caminhei entre a loucura e a sanidade. Meu mundo interior despencou neuroquimicamente e eu só pensava em morrer. Foi aí que aprendi a transformar fezes em adubos. Uma experiência que me modificou radicalmente. Submetida ao fogo intenso e solitário do sofrimento interior, eu só aprendi, aprendi e aprendi... Aprendi a identificar e utilizar alavancas da força interior. Aprendi a não ser piegas, a ser útil, laboriosa, criativa, produtiva e resiliente. Aprendi a compreender mais, a amar muito, a perdoar independente de pedido de perdão ou da mudança do agressor. Aprendi a me perdoar, a ser chorona, a rir de mim mesma e ser bem-humorada. Aprendi a ser sensível ao choro de criança, a apatia ou rebeldia do jovem e do adulto.  Ainda na década 1980, fui admitida em concurso como professora do Ensino Fundamental das redes municipal e estadual de Pernambuco e também aprendi a me “desprofessorar” e transformar minha sala de aula em laboratório de aprendizagem pra mim e para os meus alunos. E nesse ínterim, aprendi a ser indutora e animadora do processo de aprendizagem. Aprendi a mediar a aprendizagem no paralelo da ergonomia do funcionamento do cérebro e assim criei o Método de Alfabetização Damaris ou Caminhos Diferentes para Alfabetização. Reaprendi amar e entrei perdidamente apaixonada no segundo relacionamento com Valdomiro Lopes da Silva, um amigão, sindicalista, politizado que faleceu muito cedo. Com ele aprendi a me envolver nas discussões políticas do meu país.  E aprendi a ser ouvidora e terapeuta cognitiva comportamental na prática para ajudar pessoas que como eu necessitava identificar a força interior que temos. Na Faculdade de Filosofia do Recife, como palestrante a respeito do processo de alfabetização, conheci minha amiga–irmã e companheira de estudos e pesquisas, a Mestre e professora Terezinha Augusta Pereira de Carvalho e seu saudoso esposo Doutor e professor Lupércio Pereira de Carvalho. Com eles aprendi a sair do senso comum e adentrar no senso cientifico.  Meu interesse pela educação crescia e como havia demonstrado pioneirismo ao criar um método de alfabetização com fundamentos neurocientíficos, dediquei-me ao estudo de sua fundamentação por mais de uma década. Ingressei na Fundação de Ensino Superior de Olinda. Tornei-me uma eterna estudante, aluna assídua em inúmeros cursos de extensão e capacitação e simultaneamente me tornei pesquisadora da educação. Sistematizei cursos, projetos palestras, livros e servi ao meu estado e ao meu país, atravessando suas fronteiras para apresentar trabalhos científicos.
Juntos enfrentamos muitas derrotas e conquistamos inúmeras vitórias e continuei aprendendo...
Na década 1990 reencontrei meus filhos literalmente invadidos pela carência afetiva e financeira. Tomada pela emoção do reencontro e da vulnerabilidade de meus filhos chorei compulsivamente. E aquele "manhinha pernambucano" habitual dos meus filhos eu não ouvia mais. Meus amigos deram uma festa para comemorar a chegada deles, mas uma sensação de perda dos filhos pequenos e a obrigatoriedade de aceitar e conquistar os que haviam crescido era um grande desafio. Mais uma nova batalha foi travada para restabelecer nossos laços maternos e nossa inclusão pessoal, familiar e social. Não foi fácil...  Até hoje sofremos as sequelas dessa catástrofe familiar. Mas dialeticamente em meus filhos reencontrei mais uma alavanca emocional pra mover meu mundo e juntos enfrentamos muitas derrotas e conquistamos inúmeras vitórias e continuei aprendendo...
O filme do passado de dor e conquista passava em nossas cabeças... 
Nos anos 2000, em meio a todo esse arsenal de emoções, tornei-me escritora e lancei dois livros. No dia do lançamento do meu livro Caminhos Diferentes para Alfabetização no Grande Hotel em Recife nossa famíla se entreolhava e o filme do passado de dor e conquista passava em nossas cabeças e chorávamos juntos. Um amigo me falou espantado - Se eu soubesse que a família era tão chorona eu tinha trazido um rodo para puxar as lágrimas, mas nós sabíamos por que chorávamos.  Predeterminada a sobreviver continuei aprendendo como leitora sem fronteiras. Aprendi a ser estudante apaixonada pelas neurociências e busquei o diálogo entre a neurociência e a educação. Nesta mesma década conheci a Ex-Vereadora Luciana Azevedo e sua assessora Mirian Pires que me conduziram à Fundação Joaquim Nabuco e à Universidade Federal de Pernambuco. Nesta universidade conheci Luiz Gustavo Cordeiro da Silva, professor da UFPE e coordenador do Laboratório Virtus desta universidade. Fui convidada por ele para integrar o time do referido Laboratório durante três anos dando continuidade aos estudos e pesquisas em neuroeducação, neurodidática e neuroalfabetização orientada por esse meu grande amigo e professor e com ele aprendi muito. Aprendi sobre as peculiaridades de artigo, pesquisa e estado da arte das ciências e nesse ínterim, ganhei um revisor, crítico e orientador dos meus estudos e pesquisas fato que não encontro palavras para agradecer. Também encontrei ajuda exponencial no Excelentíssimo João Arraes, Vereador da Cidade do Recife, que vem contribuindo para a continuidade dos meus estudos e pesquisas. E para finalizar quero agradecer a toda minha família pelo seu papel estruturador no meu cotidiano. E agradecer a todos que não foram aqui mencionados, mas se colocaram na construção da minha vida e minha história. Diz-se que nossos ideais precisam de 99% de pessoas externas para que eles se materializem. É verdade!
Uma ousadia sem medida para demonstrar nosso desejo de contribuir com o projeto educacional do nosso século, através da neurociência...
Em 2012, juntamente com Terezinha Augusta, publiquei o Livro Neurociência para Educador pela Editora Baraúna. Uma livro compilado de estudos e pesquisas de grandes  neurocientistas. Este livro é uma ousadia sem medida para demonstrar nosso desejo de contribuir com o projeto educacional do nosso século, através da neurociência.
Atualmente sou consultora educacional, escritora e conferencista. Esta é a síntese da minha história de mil fracassos e incontáveis conquistas.
29-02-2012
Damaris Flor
damarisflor@gmail.com   55- (81)- 8773-1519 - 81- 9665-6520 - 81- 3061-4806 - 81-3093-6925

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

ARTIGO - FELICIDADE - FOCO NAS QUESTÕES DIÁRIAS

FELICIDADE: O FOCO DEVE ESTAR NAS PEQUENAS QUESTÕES DIÁRIAS



Emoções positivas
As pessoas que experimentam momentos frequentes de emoções positivas têm maior satisfação com a vida ao aumentar sua resiliência, a capacidade de se recuperar dos problemas e desafios encontrados no dia-a-dia.
O estudo Desembrulhando a Felicidade: Emoções Positivas Aumentam a Satisfação com a Vida Gerando Resiliência, publicado no jornal de psicologia Emotion, foi conduzido por cientistas da Universidade da Carolina do Norte (EUA).
Felicidade como objetivo
O estudo demonstra que, se a felicidade é o grande objetivo da vida de alguém, a melhor estratégia é investir em pequenos momentos diários de bem-estar e cultivar emoções positivas.
"Esses pequenos momentos reforçam as emoções positivas e ajudam a pessoa a se manter mais aberta. Essa abertura então nos ajuda a elaborar recursos que nos permitem sair melhor e mais rapidamente da adversidade e do estresse, nos livrar da depressão e continuar crescendo como pessoa," diz Barbara Fredrickson, coordenadora da pesquisa.
Relatórios de emoção
Na pesquisa, em vez de responder questões diretas sobre as emoções passadas, os voluntários elaboraram "relatórios de emoção" diários.
"Esses relatórios diários nos ajudaram a coletar os sentimentos de forma mais precisa e nos permitiram capturar os altos e baixos das emoções," diz a psicóloga.
Segundo a pesquisadora, uma dieta diária de emoções positivas não exige a eliminação completa das emoções negativas. O estudo ajuda a entender que, para sermos felizes, não é necessário nos isolarmos dos aspectos normais do dia-a-dia.
"Os níveis de emoções positivas que produziram benefícios não são extremos. Participantes com níveis médios e estáveis de emoções positivas demonstraram aumento na resiliência mesmo quando seus dias incluíam emoções negativas," diz Barbara.
Bem-estar do presente
A pesquisadora sugere que as pessoas foquem nos "micromomentos", que podem ajudar a liberar uma emoção positiva aqui e outra ali.
"Muitas vezes estamos tão travados pensando sobre o futuro e sobre o passado que ficamos cegos para o bem-estar no qual estamos imersos agora, seja ele a beleza do lado de fora da janela, seja as coisas boas que as pessoas estão fazendo por nós," diz ela.
O melhor enfoque para alcançar uma quantidade maior de momentos positivos é ficar aberto e flexível, além de se tornar capaz de apreciar o lado bom das circunstâncias diárias, por menores que sejam.
Em vez apostar em coisas do tipo "Serei feliz quando me casar," ou "Serei feliz quando tiver dinheiro 'suficiente'," o mais eficaz é focalizar as pequenas questões, que acontecem diariamente, enquanto grandes questões, como casar-se ou ficar rico, acontecem muito menos frequentemente, quando acontecem.

Fonte e Redação do Diário da Saúde